"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine."
(I Coríntios 13.1)


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

E isso é que é viver


E se um dia me perguntarem a intensidade da dor,
direi que é tal qual a força do amor, mas não superior.
A fuga dos seus olhos, indiferentes ao meu aproximar,
fere como um punhal que transpassa o peito, quase insuportável.
Quase. Insuportável mesmo seria não mais te ver.
E mais uma vez tentaria esquecer,
mas se o sangue que escorre ainda exala sentimento,
o que restou nas veias continuará contaminado por você.
E se os meus olhos fecharem e o golpe parecer mortal,
encontrarei aqui dentro mais um motivo para renascer.
E ainda que eu consiga me afastar,
viverei eternamente com as sequelas do que faltou.
E se depois de muito tempo as lágrimas ainda teimarem,
saberei que a mágoa não secou o coração.
E mesmo que nunca mais volte a ter os sintomas,
direi a todos que nada há mais incrível do que amar.

2 comentários:

  1. Lindo ... mas visceral ...

    E pensar que quem deveria saber desses sentimentos todos, não sabe :/

    Bj e quero mais textos,

    F.

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  2. Não sabe, ainda. Um dia saberá. Eu mesma contarei.

    Acredito que haverá um momento para que isso aconteça. Enquanto a ocasião não chega, continuo aqui, amando à distância.

    Fico feliz que tenha gostado desse texto também. Em breve outros virão, eles são inevitáveis, rs.

    Obrigada pela visita.
    Beijo!

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