"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine."
(I Coríntios 13.1)


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Você


Como assim agir normalmente?
Não me peça para fingir que nada acontece.
Que não vejo os seus olhos retribuírem a minha busca incessante.
Não queira que eu aja como se você fosse igual aos outros.
Você não é. Nunca foi e hoje sei que jamais será.
Eu amo você. Custei a acreditar nisso. Fugi desesperadamente.
Menti incontáveis vezes para o meu coração, negando todas as evidências.
Como posso fazer de conta que te ver e não te tocar, não me importa,
se o que mais quero nesta vida é estar contigo?
Quando você chega, todos os meus sentidos são aguçados.
O teu abraço me faz estremecer e tiram os meus pés o solo.
Passo horas tentando voltar, mas a sua presença, mesmo que por poucos minutos,
torna difícil meu retorno à terra firme.
Não precisa dizer uma única palavra. Eu passaria todos os meus anos olhando para você.
Você, que é o dono dos meus sonhos e a minha fonte inspiradora.
Você, que eu amo absurdamente. Incompreensivelmente.
Sabe quantos tentaram fazer isso comigo?
Apenas um conseguiu.
O mais engraçado é que você parece não ter feito esforço algum.
Você existe. De uma maneira ou de outra, faz parte da minha vida
e despertou neste coração algo inédito. Isso basta para que eu te ame.
Graças a você estou vivendo um sentimento lindo.
Posso dizer que, enfim, sei o que é amar alguém.
Você não está aqui fisicamente, mas te levo comigo a qualquer lugar.
Talvez o amor seja assim mesmo, de uma serenidade bruta.
Capaz de nos fazer encontrar uma razão para todas as coisas,
mesmo que nenhuma delas seja racional.

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