"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine."
(I Coríntios 13.1)


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Morri!

Já sentiu vontade de gritar?
Eu preciso falar, berrar ou vou explodir.
Mas não vai adiantar. Nada mais adianta.
Palavra alguma conseguirá expressar o que sinto neste momento.
Seria capaz de escrever incontáveis páginas, mas não há enciclopédia
que defina tão bem esta dor que me consome.
Estou sem chão, sem voz, sem pele, sem coração.
Uma mentira bem contada. Uma ilusão. Um engano.
De nada adiantou tentar evitar. Neste momento sofro de uma maneira
tão incompreensível que chega a ser cruel.
Levou um sonho jamais vivido. Um desejo nunca saciado.
Há muito não tinha uma noita tão difícil, uma manhã tão escura,
um peso tão insuportável, uma verdade tão dolorosa.
Há muito não estava tão difícil respirar.
Tirou-me a inspiração, a essência, o lirismo.
Arrancou um pedaço de mim. Deixou apenas a sua presença.
A única coisa ainda viva, porque todo o resto se foi.
Estou morta.

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