"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine."
(I Coríntios 13.1)


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pressa

Só assim para percebermos o quanto somos pequenos e impotentes.
Quando tentamos desesperadamente fugir de um sentimento
e ironicamente caímos aos seus pés, como um escravo que não tem outra saída
a não ser render-se e servir às suas vontades.
Injusto, mas inevitável. Tão inevitável quanto atraente.
Na verdade é o que queremos. Buscamos esse senhor constantemente.
Queremos sentir o seu poder sobre nós. Negamos, mas desejamos.
Mais do que isso, precisamos nos submeter à sua força.
Esperamos sentir sua intensidade e sem perceber concordamos com as suas regras.
O tempo é a maior tortura. Sempre traz consigo a insegurança, o medo, a dor.
Este mesmo tempo, apresenta-nos também os riscos.
Deixá-lo passar despreocupadamente pode transformá-lo no mais impiedoso inimigo.
Ele costuma correr e nem sempre espera por nós.
Pode me levar de ti. Trazer-te alguém. Podemos nos perder.
O tempo e os sentimentos. Dois aliados, que parecem zombar de nós.
Eles têm pressa, mas não mais que eu.
Quero me lançar, mergulhar, me entregar por inteiro.
Experimentar a sensação de amar como nunca antes.
Sem receios, sem consciência, sem amarras, sem limites.
Amar com a alma, com a mente, com o corpo e coração.
Tocar, arrepiar, beijar, sentir, explodir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário