"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine."
(I Coríntios 13.1)


sexta-feira, 2 de abril de 2010

Decepção

Não. A culpa não é sua. Na verdade a decepção não é provocada por ninguém, só por mim.
Você não prometeu nada, sequer disse algo que indicasse um envolvimento além do que já existe. Na realidade uma decepção nada mais é do que ilusões. Coisas que alguém espera de outra pessoa. Eu criei expectativas. Eu esperei uma atitude sua e a única que precisa agir aqui sou eu. Preciso parar de te olhar e imaginar como seria estar ao seu lado ocupando um lugar especial. Você não é obrigado a ser o que espero. Não é obrigado a nutrir o mesma coisa que eu.
O que sinto agora não é novidade, já senti antes e por mais que eu tentasse evitar, não pude. Outras vezes precisei lidar com isso e consegui. O meu coração está sufocado, como se algo o pressionasse reprimindo as batidas. É a sua ausência que oprime este sentimento que lutei tanto para impedir, mas não consegui.
Não sei o que me chamou a atenção. Não compreendo como consegue fazer isso. Chegou de repente e foi ganhando espaço. Conquistou um lugar e agora o que fica é esse vazio.
O momento em que te tenho mais perto é quando resolve perturbar meu sono. Aparece e diz exatamente o que quero ouvir. Outras apenas me olha e sorri, aquele sorriso que me deixa boba. Parece até de propósito. Deve ser de propósito. Depois se vai como normalmente acontece em nossos encontros acordada. Apenas vem e vai. Agora permanece a sua falta.

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