"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine."
(I Coríntios 13.1)


domingo, 12 de dezembro de 2010

Desculpas

Não, não vou mentir
Sim, tenho medo, muito medo
Deixamos muita coisa passar
Chances de deixar rolar
Oportunidades que jamais voltarão
Por vezes estivemos prestes a agir
Nos seguramos nem sei ainda por qual motivo
A razão venceu o impulso
Sempre tínhamos uma desculpa preparada
Lembro perfeitamente de momentos únicos
Nos olhamos fundo revelando um ao outro o desejo mútuo
Ainda posso sentir o arrepio
Bastou um toque, leve. Você também sentiu
Evitamos muita aproximação física
Sabíamos que se nos aproximássemos muito seria inevitável
Impossível impedir. É muito mais forte que nós
Receio de acontecer e querer mais
Medo de ter e não saber ficar sem depois
O tempo passou e nós também
As desculpas nos impediram de fazer o que até agora queremos
Desculpas que nos afastam cada dia mais
Temo nunca acontecer e me perder completamente de você
Qual será a desculpa que inventaremos para nós mesmos?

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