"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine."
(I Coríntios 13.1)


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Vai!

Vai logo! Sai!
Já chega de pretexto, de conversa fiada.
Pode ir!
Mas se quer ir, que vá agora.
Já perdemos tempo demais com tanta ladainha.
É, talvez não tenhamos perdido e sim ganhado.
Ganhamos experiência, ganhamos também feridas que demorarão muito para cicatrizar.
Feridas causadas por palavras, mas, principalmente, pela ausência delas.
Não falou, não agiu, me deixou apenas com suposições.
Mas não tem problema, vou ficar bem.
O que estou sentindo vai passar.
Não sei quando. Sei que vai demorar, mas um dia vai.
Vai, assim como você pretende ir agora.
Não precisava disso, mas você escolheu assim, então vai.
Você deve saber o que está fazendo, não é?
Não falarei mais nada. Se quer assim, assim será.
Você é um homem, certamente sabe o que é melhor para você.
Já era de se esperar por isso. Nunca ouvi nada de você.
Esperar uma atitude foi opção minha.
Então, pode ir e faça o que quer da sua vida.
Só não esqueça que um dia lembrará de mim, de nós.
E se decidir ir, não olhe para trás.
Não terá volta. Trancará definitivamente a porta.
Destruirá qualquer possibilidade.
Não me verá outra vez.
Não ouvirá mais a minha voz.
Não sentirá mais o meu cheiro.
Não terá minhas mãos.
Nunca mais estarei com você.
Você escolhe ir e de mim...
...terá apenas a lembrança daquilo que deixou para trás.

Nenhum comentário:

Postar um comentário